Visagismo, uma arte da criação na Harmonização Orofacial

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Muitos procedimentos estéticos podem ser melhor executados e alcançar resultados mais satisfatórios quando nos aprofundamos e buscamos entender as caraterísticas peculiares de cada individuo. E quando nos aprofundamos nessas particularidades, me vem a mente o visagismo. Você sabe o que isso significa?

O visagismo é a arte da criação de uma imagem pessoal personalizada. A palavra é a tradução de visagisme, derivada de visage, cujo significado em francês é “rosto”.

Basicamente, trata-se da harmonização das suas características pessoais para realçar ainda mais a sua beleza interior e exterior.

No livro Visagismo integrado: identidade, estilo e beleza, do artista plástico Philip Hallawell, explica que as figuras geométricas e as linhas que as constituem são os símbolos arquetípicos mais simples e, provavelmente, os mais potentes também. “Nós reconhecemos o sentido e reagimos emocionalmente às formas presentes no rosto, nas feições, no corte do cabelo, na barba, na costeleta ou no bigode, nos acessórios, nos gestos, no porte e nas vestimentas. Essas linhas e formas são os elementos mais importantes na definição da identidade de uma pessoa para os outros e para si, quando ela se olha no espelho’’, define Hallawell.

Não por acaso os conservadores são chamados de “quadrados”. As linhas retas e horizontais representam estabilidade, segurança, poder, força. Um rosto nesse formato ou retangular transmite a ideia de uma pessoa forte, determinada. As linhas inclinadas são dinâmicas e mais instáveis e podem passar a sensação de insegurança. O triângulo invertido, formato associado à cabeça das cobras, por exemplo, remete a perigo.

O rosto assim passa a sensação de dinamismo, extroversão, mas também traz dificuldades em suscitar confiança. Já as linhas curvas estão ligadas ao prazer e à feminilidade. O rosto oval remete a pessoas mais suaves e introvertidas, fechadas.

Todas essas formas, presentes naturalmente nas faces e nos corpos, são expressões do temperamento. “É uma disposição inata e particular de cada pessoa, pronta a reagir aos estímulos ambientais. É a maneira interna de ser e agir, geneticamente determinada”, conceitua o psicólogo José Henrique Volpi.

A classificação mais conhecida de temperamento surgiu na Grécia, por volta dos séculos 4 e 5 a.C. Hipócrates desenvolveu uma teoria com quatro humores corporais. O equilíbrio adequado entre eles determinaria a saúde, e o desequilíbrio causaria a doença.

Eram quatro humores básicos: o sanguíneo, no qual o humor predominante era o sangue e os indivíduos eram atléticos e vigorosos; o colérico, com maior quantidade de bile amarela e marcado pela fácil irritabilidade; o melancólico, com excesso de bile negra e tendência à tristeza; e o fleumático, com predominância da fleuma e indivíduos cronicamente cansados e lentos nos movimentos.

O tipo ideal seria a mistura estável das quatro qualidades. Dependendo da abordagem de cada autor, diferentes classificações surgiram, com oito ou até mais categorias.

A seguir algumas atrizes e suas diferentes faces com seus seus respectivos humores.



Scarlett Johansson tem características da beleza fleumática, com as pálpebras alongadas e pesadas e os lábios protuberantes. Já Angelina Jolie é exemplo de beleza colérica, com traços fortes e linhas retas.

É importante entender que as características indicadas no rosto das pessoas não são determinantes.

Quando se busca por procedimentos esteticos, e esses são realizados de forma consciente com um embasamento visagista, esses tem a capacidade de aumentar a auto estima.

Acredito que o profissional que tiver a percepção e aprender a valorizar os ângulos positivos e atenuar os negativos vai tornar a paciente ainda mais bela.

Entendo que na HOF, o foco principal é criar uma imagem pessoal única, que revele as qualidades interiores e reflita a personalidade real dos pacientes.

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