Festa da Penha agora é patrimônio imaterial de Vila Velha

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A Festa de Nossa Senhora da Penha foi declarada patrimônio imaterial em Lei publicada no Diário Oficial do Município nesta terça (03). A indicação é de autoria do Vereador Joel Rangel. Vale ressaltar que o local da realização de grande parte da programação é na área do Convento de Nossa Senhora da Penha, conjunto arquitetônico já reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como patrimônio cultural brasileiro em 1943.

O prefeito Arnaldinho Borgo enfatiza a importância de sancionar a Lei. “Estamos falando de uma celebração que integra diversos elementos e momentos na vida do capixaba e de diversos turistas que visitam nossa cidade. Neste ano foram 3,2 milhões de visitantes durante os nove dias das festividades, 30% a mais do que em 2019. O terceiro maior evento mariano do país e o evento religioso mais antigo do Brasil, que esse ano completou 452 anos, merece esse reconhecimento assim como a padroeira dos capixabas e os devotos de Nossa Senhora da Penha ”, enfatiza.

De acordo com o secretário de Cultura e Turismo, Paulo Renato Fonseca Júnior, a evento se encaixa no conceito de patrimônio imaterial pois “é uma comemoração religiosa e cultural transmitida de geração a geração, que cria um sentimento de identidade e continuidade do conhecimento ancestral. O reconhecimento do município é um dos passos alcançar esse status no âmbito nacional”.

A Festa

A Festa – com duração de oito dias, com início no Domingo de Páscoa e a duração do Oitavário. O momento religioso é completo, no dia seguinte, pelo Dia de Nossa Senhora da Penha – é a terceira maior festa Mariana do Brasil e a maior do Espírito Santo.

Neste ano foi realizada a 452ª edição do tradicional evento com o tema “Saúde dos enfermos, rogai por nós”, que retornou para a sua programação presencial após dois anos de pandemia. Somente na Romaria dos Homens, realizada no último dia 23, reuniu 1 milhão de pessoas.

Ao longo da programação ocorrem procissões marítimas, diversas romarias, entre elas, dos Homens, das Mulheres, das Pessoas com Deficiência e dos Ciclistas, além disso, ocorrem missas do oitavário, apresentações artísticas e culturais.

Patrimônio imaterial

O subsecretário de Cultura, Manoel Goes, explica que “a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – (UNESCO) define como patrimônio imaterial as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.”

Enquanto o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) conceitua que os bens culturais de natureza imaterial como aqueles que “dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas)”.

Foto: Adessandro Reis

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